terça-feira, 20 de agosto de 2013

Anões

Os anões são os senhores atuais das Terras Congeladas. Para um visitante, ver as enormes construções anãs ao redor das montanhas é ignorar a real capacidade de engenharia desta raça, uma vez que a maior parte da sua civilização se encontre dentro e abaixo delas. Os anões são umas das criaturas responsáveis pelos túneis de cavernas que ligam o Vasto Mundo. Quando eles invadiram o que hoje são as Terras Sombrias, eles vieram por seus pequenos e rápidos navios e derrotaram vários líderes dos orcs. Mas dizem as lendas que os anões só venciam porque chegaram antes pelo subterrâneo, pegando os orcs de surpresa e flanqueados.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Elfos

Os elfos são originários do oeste das Terras Selvagens. Nos Tempos Dracônicos, eles foram intensamente alvos dos dragões verdes. Sua sobrevivência dependia tremendamente da sua capacidade de comungar com a natureza, de tal forma que os monstros verdes tivessem grande dificuldade em caçá-los.

Aqueles elfos que tentaram se refugiar não tiveram melhor sorte. Fugindo principalmente para o sul, eles saíram das florestas dos dragões verdes para cair nos pântanos e cavernas dos dragões negros. Assim, ao invés de serem tratados meramente como caças, passaram a ser servos. Pelas transformações provocadas pelos grandes anciões dos dragões negros tornaram este elfos negros e adaptados à escuridão.

sábado, 3 de agosto de 2013

Tempos dos Encontros (Anos 4500 - 5500)

Os Mortais Menores, que um dia foram vítimas de desmandos e tiranias de outras criaturas, passaram a ter seus próprios iguais como líderes. Seus reinos e impérios cresceram, e consequentemente, durante esta expansão, começaram a se encontrar. Em alguns casos houve diplomacia e comércio, outros sincretismos, mas boa parte das vezes em que isso aconteceu resultou em guerra e conquista.

Os primeiros exploradores de outras terras foram os anões. Pelas suas Terras Congeladas, eles conseguiram atravessar mares congelados, mas principalmente por um tortuoso e quase infinito caminho subterrâneo. Um cisma entre sua raça, a partir de ideologias diferentes, fez com que muitos quisessem partir em busca de vidas novas. Seu destino principal foram as Terras Sombrias (então ainda uma parte das Terras Feéricas), e lá escreveram uma nova etapa da história de seu povo através das guerras com os orcs nativos.

Nas Terras Feéricas, os primeiros estrangeiros foram os elfos do eclipse - uma etnia que redescobriu a conexão de sua raça com as fadas, e partiram de suas Terras Selvagens para as Feéricas. Eles se misturaram bem, inclusive com os gnomos, habitantes nativos. Quem chegou com táticas de dominação sujas foram os humanos. Ao descobrir a maldição dos gnomos de serem obrigados a servir quem detém o seu nome verdadeiro, os homens rapidamente conquistaram a maior parte das Terras.

Ainda os humanos, que em especial tinham a característica de já habitarem quase todas as Terras conhecidas, reencontraram suas próprias etnias separadas pelos Tempos Dracônicos. Isso acarretou mais conflitos do que harmonia, mas permitiu o rápido desenvolvimento econômico e social de sua raça. A partir desta nova realidade, os então feudos das Terras Feéricas cresceram e se tornaram grandes reinos. Dois destes reinos, Astúria e Leão, disputaram uma verdadeira corrida tecnológica e mágica para alcançar outras Terras, a fim de criar rotas comerciais e colônias. Assim começou a Corrida do Horizonte, um fenômeno que envolveu governos, nobres, religiosos, aventureiros e até deuses, gerando uma espécie de guerra fria entre os reis. Com estratégias e ideologias bem diferentes, ambos conquistam colônias mundo afora - tornando-se de reinados para Império Asturiano e Império Leonino. Depois dos pioneiros, outros reinos também abririam caminho para a colonização.

As Terras Selvagens foram descobertas a partir do contato com os elfos do eclipse. Esta etnia não teve momento algum a intenção de revelar de onde vieram, mas foi questão de tempo para que os humanos descobrissem e fincassem suas bandeiras por lá. A colonização Selvagem foi intensa e conflituosa, até que Tratados começaram a resolver as principais brigas políticas. O importante, para os Feéricos, era a riqueza trazida das colônias, e a capacidade de comércio com civilizações ricas em bens de todos os tipos. Foram formadas as capitanias (províncias coloniais), e houve entradas e bandeiras em direção ao centro do continente, visando encontrar segredos e riqueza. Os elfos nativos é que sofreram com estas iniciativas, tendo de proteger seus territórios contra os estrangeiros, além das brigas internas que já os havia tirado muitos recursos. 

Esta relação metrópole e colônia persistiria por mais de dois séculos. E Mortais Menores de todos os tipos e lugares queriam novas e prósperas vidas nas viagens intercontinentais. Até que algo aconteceu. De súbito, barreiras mágicas surgiram entre os continentes, e as formas conhecidas de se viajar, que dependiam de geografia e astronomia, simplesmente começaram a falhar. Velejando do oeste a leste o navio acabava surgindo no sul; as chamadas Fissuras criavam bolhas de espaço, como se enviasse os viajantes para dimensões paralelas, especialmente infestadas de perigos, e principalmente comprometendo a capacidade de se chegar a um destino escolhido. E como se não bastasse esse colapso geográfico, outro fenômeno absurdo mudou para sempre o Vasto Mundo: o céu, que era naturalmente um só para todo o mundo (mesmo que estrelas diferentes surgissem em pontos diferentes dos mapas), transformou-se completamente. Para cada uma das Terras, novos  firmamentos, completamente alienígenas, surgiram, formando horizontes diferentes para os navegantes interpretarem. Nas Terras Selvagens, por exemplo, um gigantes planeta com misteriosos aneis passou a aparecer todos os dias. As Terras Feéricas passaram a vislumbrar nove luas diferentes. As Terras Lendárias dois sois. E as constelações ficaram completamente desconhecidas.

Todas esta mudança na própria forma de ser do Vasto Mundo mudou para sempre as relações entre os Mortais Menores. Até mesmo seus deuses se descobriram incapazes de entender o problema, e passaram a ficar eternamente presos às Terras que eles estavam no momento do levantar das Fissuras.

Isto ocorreu a 49 anos atrás. As colônias perderam contato com as metrópoles, e isso afeta dramaticamente a relação entre elas. Os governos estão loucos tentando entrar respostas. Aventureiros descobriram que existem caminhos que permitem atravessar as Fissuras de maneira a chega em seu destino pretendido, mas que isto requer obter conhecimentos perigosos e obscuros. Além disso, na medida em que portais e caminhos são descobertos, os nativos tratam de colocar fortalezas e defesas mágicas sobre eles.

Tudo é muito novo, e a Corrida dos Novos Horizontes começou,  nestes que estão sendo conhecidos como os Tempos de Buscas (Anos 5.500 em diante).

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Tempos de Conquistas (Anos 3.850 - 4.500)

Com a evolução de suas culturas finalmente florescendo, os chamados Mortais Menores começaram a se emancipar, criando civilizações próprias e grandes reinos. Elfos expandiram nas Terras Selvagens; gnomos e fadas povoaram as Terras Feéricas; anões desbravaram as montanhas das Terras Congeladas; orcs e goblinóides criavam e derrubavam impérios da noite para o dia.

Isto, contudo, não ocorreu sem esforço: dragões, demônios e diabos se tornaram raros, mas ainda havia desafios para os Mortais Menores. Desde gigantes a mortos-vivos, muitos tentaram se aproveitar do espaço deixado pelas criaturas anteriores. E para vencê-los, os Mortais Menores viram o surgimento de grandes campeões entre os seus. Verdadeiros herois se tornavam deuses, e pouco a pouco eles foram capazes de abrir caminho no Vasto Mundo para os reinados mortais. Desde então, com algumas exceções, boa parte destas criaturas, mesmo com inteligência ou força superiores, viram-se incapazes de enfrentar os exércitos e deuses, sendo empurrados para os pontos periféricos do Vasto Mundo - florestas perdidas, cavernas profundas, refúgios abandonados, mas principalmente os Fados.

Como uma forma de proteger os Mortais Menores, um destes novos deuses propôs um-a-um a firmarem o Tratado de Mesopotâmia que os proibiria de serem capazes de usar seus poderes diretamente contra os mortais. Desde então eles passaram a usar de meios indiretos para interferir no mundo, de forma a não quebrar este pacto. Com isto, muitos foram viver em domínios nos Fados. Mesmo deuses malignos e de raças inimigas entraram aderiram a este tratado - e muitas religiões dizem que não foi por vontade própria, mas como isso acontecem permanece um mistério.

Tempos Celestiais (Anos 3.000 - 3.850)

Os Tempos Celestiais (também chamados de "Demoníacos" ou "Diabólicos", dependendo da intenção do narrador) surgiram com a queda da civilização dracônica. Sem a proteção de fazer parte de território dos dragões, de profundezas desconhecidas do Vasto Mundo emergiram criaturas de toda a sorte se aproveitando para criar seus próprios domínios, colocando os Mortais Menores em uma condição de violência e escravidão ainda maiores.

Os primeiros grandes "conquistadores" foram os demônios. Eles surgiram como uma onda que pilhava, destruía e dominava tudo que alcançavam. Legiões causavam genocídios e escravizavam qualquer ser vivo que suportasse. Em seguida, diabos começaram a aparecer diante dos Mortais Menores, oferecendo proteção contra os demônios, ao custo de se submeterem uma vida de servidão plena aos seus novos protetores. Apavorados e encurralados, os pobres mortais aceitavam estas ofertas, e uma espécie de guerra entre diabos e demônios eclodiu em pleno Vasto Mundo, cujo sangue derramado era quase todo dos inocentes que só queriam viver suas vidas.

Esta crise perdurou até que a chegada dos salvadores anjos e celestiais. Eles expulsaram os lordes demônios do Vasto Mundo conhecido, levando-os para cantos que ninguém realmente se interessou em saber quais, já que nestes Tempos tudo  que mais importava era a paz.

Com as pessoas livres destas criaturas, muitos endeusaram os anjos (principalmente entre os humanos), e imploraram para que se tornassem seus senhores. Ao invés disso, os anjos preferiram civilizar os Mortais Menores. Ensinaram-lhes a magia, a tecnologia, a religião e as artes, a fim de permitir que suas culturas evoluíssem, a ponto de não precisarem mais ser servos de nenhum ser fisicamente superior.

Na ilha onde ocorriam os julgamentos dos dragões, os anjos fundaram uma cidadela lendária, conhecida como Cosmópolis, de onde eles vigiariam o Vasto Mundo para coibir o surgimento de novas hordas e legiões. Esta cidadela nunca foi encontrada, apesar de aparecer menções a ela em diversas culturas. Alguns dizem se tratar do Paraíso, para onde vão as almas benevolentes. Outros acreditam que é um lugar permeado segredos, riquezas e poderes inimagináveis. E tem aqueles, aventureiros, que dizem que o lugar é basicamente um grande ponto de encontro dos maiores viajantes do Vasto Mundo.

Por fim, os anjos partiram para os Fados, provavelmente para continuar sua luta contra demônios e diabos.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Tempos Dracônicos (Anos 0 - 3.000)


Durante milhares de anos, os dragões dominaram o Vasto Mundo. Eles criaram uma civilização única, alienígena para os dias atuais. Havia regras sociais e políticas rigorosas, baseada na dominação de território de cada dragão. Estes territórios funcionavam como se fossem feudos, em que um dragão era soberano no lugar de que lhe era entregue. Quando envelheciam, ganhavam o direito de aumentar seus territórios, e os vizinhos adequavam suas terras de acordo. Quando novos dragões amadureciam, ganhavam novos territórios para dominar.