quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Tempos Dracônicos (Anos 0 - 3.000)


Durante milhares de anos, os dragões dominaram o Vasto Mundo. Eles criaram uma civilização única, alienígena para os dias atuais. Havia regras sociais e políticas rigorosas, baseada na dominação de território de cada dragão. Estes territórios funcionavam como se fossem feudos, em que um dragão era soberano no lugar de que lhe era entregue. Quando envelheciam, ganhavam o direito de aumentar seus territórios, e os vizinhos adequavam suas terras de acordo. Quando novos dragões amadureciam, ganhavam novos territórios para dominar.


Todo e qualquer conflito era levado para uma espécie de julgamento em uma ilha (onde mais tarde, dizem as lendas, seria fundada Cosmópolis). Habitavam esta ilha os dois deuses dracônicos: Bahamut, o Dragão de Energia e senhor dos dragões metálicos; e Tiamat, a Dragoa Prismática e senhora dos dragões cromáticos. O que por eles era decidido tornava-se uma ordem compelida a todos os dragões, que sequer conseguiam desobedecer. Isso permitiu um convívio pacífico dentre todas as espécies de dragões durante mais de dois mil anos.



Foram nestes territórios que surgiram a maioria das raças de Mortais Menores: humanos, elfos, anões, orcs, dentre outros. Apesar de inteligentes, estas raças ainda viviam em um estado de barbárie ou de servidão, sendo vítimas dos caprichos dos dragões entre outras formas de terror, praticamente incapazes de desenvolver uma cultura própria duradoura.

Tal civilização dracônica começou a ruir quando, por alguma razão misteriosa, os dois deuses abandonaram seus súditos. Eles subitamente partiram em direção ao que hoje são as Terras Dracônicas para nunca mais serem encontrados, e uma maldição atingiu todos os dragões. Esta maldição impedia que um dragão conseguisse se comunicar com outro, impedindo que eles compreendesse inclusive o que outro de sua espécie escrevia ou demonstrava, além de ter derrubado a força mágica que os forçavam a obedecer as ordens anteriormente emitidas pelos deuses. Este fenômeno gerou uma grande sequência de conflitos e duelos, um verdadeiro genocídio dos dragões.



A maioria dos dragões que sobreviveram partiram na mesma direção dos seus deuses, na esperança de reencontrá-los, até hoje sem sucesso. Dragoas fêmeas, temendo o pior, preferiram esconder seus ovos do que chocá-los, pois não teriam condições de criá-los. Imortais, estes ovos ficariam protegidos até que a maldição acabasse, e as mães pudessem criá-los novamente.

Assim se encerraram os Tempos Dracônicos. Desde então os dragões se dividem entre aqueles que tentam quebrar esta maldição, os que querem reencontrar seus deuses, outros que querem apenas manter (ou expandir) seus territórios, e finalmente os jovens nascidos desses ovos abandonados, que foram chocados por motivos diversos, e que hoje vivem totalmente ignorantes das causas de sua sina.

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